Com direção artística de Ricardo Jacinto, o OSSO é uma estrutura coletiva que desde 2012 tem reunido artistas e investigadores de diferentes áreas (música e artes sonoras, artes plásticas, fotografia, dança, performance, design, arquitetura e cinema) e que tem vindo a desenvolver a sua atividade em torno do apoio à criação, investigação, programação e formação, predominantemente transdisciplinar, em colaboração com outros artistas e coletivos. Os seus projetos procuram explorar práticas artísticas em articulação com um pensamento crítico, estético e político que contemple a especificidade dos contextos e territórios nos quais se inserem.
Nesta «ocupação» do Atelier-Museu Júlio Pomar, o OSSO propõe estabelecer um conjunto de vizinhanças entre uma seleção de obras de Pomar, do acervo do museu e de outras coleções, públicas e privadas, e as suas observações sonoras e visuais dos territórios sociais, naturais, simbólicos e materiais que «enxertam o pomar do OSSO com o pomar do Júlio».
A exposição tem como elemento central uma pauta sonora realizada a partir do registo áudio de Júlio Pomar a trabalhar no seu atelier. Destacam-se também as pinturas Gadanheiro (1945) e Estudo para o Ciclo do Arroz II (1953), ambas apresentadas pela primeira vez no Atelier-Museu Júlio Pomar.
A exposição dá seguimento a um programa de exposições do Atelier-Museu Júlio Pomar que, todos os anos, procura cruzar o trabalho de Pomar com o de outros artistas, de modo a estabelecer novas relações entre a obra do pintor e a contemporaneidade.