O projeto arquitetónico do Atelier-Museu Júlio Pomar é da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira (Matosinhos, 1933), Prémio Pritzker 1992.
Comprado em 2000 pela Câmara Municipal de Lisboa, este antigo armazém na Rua do Vale destinava-se ser o atelier de Júlio Pomar, que viveu na mesma rua os últimos anos da sua vida. A obra de requalificação prolongou-se por vários anos e, em 2010, o artista abdicou do seu uso como estúdio, tornando possível antecipar a inauguração do espaço como museu. O projeto de Álvaro Siza Vieira e o nome do espaço cultural, Atelier-Museu, transportam a memória do programa fundador.
De recorte austero e linhas depuradas, integrando-se discretamente na malha arquitetónica de um dos bairros mais característicos de Lisboa, o edifício do Atelier-Museu Júlio Pomar, composto por dois pisos, apresenta um corpo central de área expositiva, duas reservas, zonas de serviço, escritório e receção, escondendo um pátio exterior em seu redor por onde é feito o acesso dos visitantes.
Explorando as potencialidades intrínsecas do espaço, as atividades expositivas do Atelier-Museu procuram revestir-se das suas qualidades estéticas, nomeadamente das suas proporções ou da luz que recorta os seus volumes, de modo a estabelecer uma relação de contiguidade entre arte e arquitetura, entre as obras de arte e o lugar que as recebe.
O Atelier-Museu Júlio Pomar dispõe de um conjunto de equipamentos de auditório, com meios audiovisuais e capacidade para 60 lugares sentados, adaptável ao espaço e a cada situação pontual, permitindo a realização de conferências, lançamento de livros/catálogos e o acolhimento de outros eventos.